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O Globo: Investir em educação é urgente para a retomada do crescimento da economia, diz estudo da FGV

Em: 17 Março 2023 | Fonte: O Globo

Melhora na formação escolar tem efeito positivo direto em geração de emprego, produtividade e redução de homicídios, apontam pesquisadores

No pós-pandemia, a agenda de investimento em educação básica é ainda mais urgente no Brasil, segundo a “Síntese de evidências: educação e crescimento econômico”, elaborada pela FGV EESP Clear, a Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas.

A qualidade da educação é premissa de efeito direto em geração de emprego, redução de homicídios, produtividade do trabalhador e crescimento econômico. A qualidade do capital humano é chave para o avanço do Produto Interno Bruto (PIB) do país, mostra o estudo.

O levantamento reúne os principais resultados de pesquisas acadêmicas que tratam da correlação entre qualidade da educação e crescimento econômico. Cita como exemplo uma comparação entre Brasil e Coreia do Sul que, na década de 1960, tinham patamares similares de PIB per capita. De lá para cá, os asiáticos investiram em educação. Atualmente, o PIB per capita coreano equivale a mais de três vezes o brasileiro.

Antes da Covid-19, o Brasil já enfrentava desafios para o crescimento econômico devido à qualidade da educação básica no país. No pós-pandemia, porém, essa lacuna se intensificou.

— O Brasil já vinha nas últimas posições, atrás de 100% dos países desenvolvidos e mesmo de outros emergentes, em resultado do Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes). Já era uma situação bem difícil. A pandemia piorou isso de forma monumental. É cada vez mais importante o Brasil investir em qualidade da educação, sobretudo na básica, com foco na primeira infância, o que trás ganho de qualidade para o resto da vida — explica o economista Gabriel Weber Costa, que integra o estudo coordenado por André Portela Souza e Lycia Lima.

 

O Pisa, assim como o Trends in International Mathematics and Science Study (TIMSS), mede a qualidade do ensino. E é visto como um parâmetro relevante porque vai além da mensuração restrita a anos de escolaridade e taxas de matrícula ou alfabetização. Ela avalia as habilidades adquiridas, segundo o economista.

Retrocesso

Na prática, quanto menos o Brasil investir em qualidade da educação mais para trás ficará em capacidade de crescimento econômico.

— O capital humano é essencial para o crescimento econômico. Tomando o Pisa como base de comparação, um aumento de um desvio-padrão na nota média dos alunos leva a um crescimento médio anual de 1,5 ponto percentual para o país. Ou seja, o Brasil precisa ter resultado médio mais alto, melhorando habilidades cognitivas dos estudantes porque isso mede a qualidade da educação e do capital humano — destaca Costa.

O país, contudo, está bem no Índice de Capital Humano do Banco Mundial, citado pelo estudo da FGV EESP Clear. Ele mostra que, mantido o ritmo recente de avanço brasileiro em capital humano, seriam necessários dez anos para alcançar o nível do Chile. Para chegar ao patamar de Portugal e Japão levaria 30 anos. E, mais: se o Brasil garantisse educação e saúde de qualidade à toda a população, teria um PIB per capita 66% maior.

O problema é que o desafio de melhorar a educação básica teve lacunas aprofundadas na pandemia. O estudo sublinha que houve “um retrocesso sem precedentes” no aprendizado dos alunos no período em que vigorou o ensino a distância.

O nível de proficiência dos alunos do 9º ano do ensino fundamental em matemática retrocedeu ao de 2015; em língua portuguesa, ao patamar de 2017, segundo o Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) de 2021 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/Ministério da Educação).

— É preciso investir em políticas de educação transversais, que alcancem as crianças em fase de alfabetização, mas também os jovens adultos para avançar em habilidades técnicas e socioemocionais. É preciso ter metodologias e investimento inteligentes em capital humano para ao menos recuperar a trajetória anterior à Covid e acelerar — diz Costa.

Entre 2019 e 2021, a parcela de crianças de 6 a 7 anos que não sabe ler e escrever subiu mais de 15 pontos percentuais, ou mais de um milhão, segundo o Banco Mundial de 2022. O risco de evasão saltou.

Estudo de Hanushek e Woessmann, de 2020, diz que a perda de aprendizagem equivalente a dois terços do ano letivo está associada a corte de US$ 4,3 trilhões do PIB do Brasil até o fim do século.

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